21 de dez. de 2008

Boas Festas!!!!



Desejo a todos os visitantes um Natal cheio de paz, sáude e amor e um Ano Novo de esperança, realizações e alegrias.
Que possamos estar juntos em 2009, espero que em relações mais reais do que virtuais.
Saudações a todos!!!

11 de dez. de 2008

Conferência Nacional de Comunicação

O movimento Pró-Conferência Nacional de Comunicação, atuante desde junho de 2007 - composto por mais de 30 entidades da sociedade civil de âmbito nacional, pelas Comissões de Direitos Humanos e Minorias (CDHM), de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática (CCTCI) e de Legislação Participativa (CLP) da Câmara dos Deputados e pela Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão do Ministério Público Federal - reivindica a realização da referida Conferência, assentada nas premissas abaixo discriminadas.

Quanto às características e propósitos:

A Conferência terá caráter amplo e democrático, abrangendo representações do governo, da sociedade civil e empresários.

Sua abrangência será nacional, devendo contemplar no mínimo etapas estaduais, nas quais haverá discussão do temário, apresentação de propostas e eleição de delegados à nacional.

Caberá ao Governo Federal a sua convocação, pelas instâncias adequadas.
Quanto aos objetivos:

Identificar os principais desafios relativos ao setor da comunicação no Brasil.

Fazer um balanço das ações do poder público na área.

Propor diretrizes para as políticas públicas de comunicação.

Apontar prioridades de ações governamentais dentro destas diretrizes.
Quanto ao formato:

Seu formato será definido por um Grupo de Trabalho a ser criado por portaria ministerial do Governo Federal. Dele participarão representantes do governo, da sociedade civil e dos empresários, designados pelos respectivos setores.

Caberá ao GT definir a metodologia, a estrutura, a organizaçãoo, o calendário e os temas da Conferência, firmando-os em um Regimento Interno.

Tal documento terá caráter oficial, devendo ser ratificado pelo Governo Federal. Oficializado o Regimento Interno, caberá ao Governo Federal, pelas instâncias adequadas, criar e ativar uma comissão responsável pela organizaçãoo da Conferência. Ela conduzirá do processo da Conferência até a sua reunião nacional. Será estruturada com representação idêntica à do GT.
Quanto à proposta temática:

A Conferência tratará da comunicação como direito, especialmente no que incide sobre a soberania nacional, a liberdade de expressão, a inclusão social, a diversidade cultural e religiosa, as questões de gênero, a convergência tecnológica e a regionalização da produção.

Os debates serão organizados em torno de três eixos:
Meios de Comunicação;
Cadeia Produtiva;
Sistemas de Comunicação.
Consideram-se Meios de Comunicação a televisão aberta, rádio, internet, telecomunicações por assinatura, cinema, mídia impressa e mercado editorial. A Cadeia Produtiva abrange os processos de produção, provimento, distribuição e recepção. Os Sistemas de Comunicação se agrupam nas categorias público, estatal e privado.

Brasília, 19 de março de 2008.

Comissão Pró-Conferência Nacional de Comunicação

26 de nov. de 2008

Comunicação em tempos de crise

Encontro de Relações Públicas

Os alunos do segundo semestre do curso de Relações Públicas da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP, sob a orientação de Luiz Alberto de Farias, organizam o Encontro de Relações Públicas, na sexta-feira (28) e no sábado (29), das 8h30 às 22h30. Neste ano, em sua sexta edição, o tema da discussão será Ética na Comunicação.

Alguns dos temas abordados serão Ética e Comunicação: desafios da contemporaneidade; Relações Públicas na Web 2.0; Ensino e formação em Relações Públicas. Confira a programação completa, no site do evento.

As inscrições podem ser efetuadas por e-mail para: abrapcorp@abrapcorp.org.br, com o título "Inscrição VI E-RP 2008", ou presencialmente na sede da Abrapcorp, sala 30 do Departamento de Relações Públicas, Propaganda e Turismo. O valor da inscrição por período (manhã, tarde ou noite) é R$ 10,00 e a inscrição para todo o evento é R$15,00.

O evento acontece no Auditório Lupe Cotrim, da ECA, Av. Professor Lúcio Martins Rodrigues, 443, Edifício Central, Cidade Universitária, São Paulo.

Mais informações: (11) 3091-4122

Fonte:Da Redação Agência USP de Notícias

20 de nov. de 2008

Dica

Blog muito legal, onde os colegas comunicólogos podem encontrar boas referências com os TCCs, dissertações e teses de todo o Brasil, desenvolvidos para a Área de Comunicação Social.

Vale a pena conferir!

13 de nov. de 2008

Cannes apresenta presidente do primeiro PR Lions

O inglês Tim Bell, da Chime Communications, comandará o júri inaugural da área de relações públicas
13/11/2008 - 08:44

Como adiantou a coluna Em Pauta da edição do jornal Meio & Mensagem que circula nesta semana (veja aqui), o Festival Internacional de Publicidade de Cannes irá inaugurar a sua décima primeira competição em 2009: a PR Lions. Além de confirmar a novidade, a organização do evento está apresentando o presidente do júri inaugural desta área dedicada a avaliação de cases de relações públicas.

Trata-se de Lorde Tim Bell, presidente da Chime Communications, além de conselheiro de vários comitês diretivos e CEOs das principais empresas e organizações britânicas. "Esta nova categoria servirá para expandir o reconhecimento do gerenciamento da reputação em nossa indústria", comentou o executivo.

Tim Bell ajudou a fundar a Saatchi & Saatchi em 1970, como presidente internacional. Em 1979 e 1983, gerenciou as campanhas eleitorais do Partido Conservador inglês e foi conselheiro de Margaret Thatcher na eleição de 1987. Em 1985, se tornou presidente adjunto do The Lowe Group, até que, em 1989, comprou a divisão de comunicações Lowe Bell Communications.

Atualmente, Tim Bell é o presidente e principal acionista da Chime Communications, holding listada na bolsa de valores de Londres, que é detentora da Bell Pottinger Communications (antiga Lowe Bell) e da agência de publicidade VCCP.

O júri do PR Lions levará em conta a estratégia, a criatividade e originalidade dos projetos, sua execução e os resultados gerados para os clientes. A categoria será dividida em três áreas principais: setorial, técnica e produtos e serviços. Os vencedores da primeira edição da competição receberão seus prêmios em Cannes no dia 22 de junho de 2009, na cerimônia que também irá premiar os ganhadores do Direct Lions e do Promo Lions.

Festival de Cannes oficializa o PR Lions

Competição de relações públicas estréia em 2009, quando o Brasil não terá jurado de Titanium

Alexandre Zaghi Lemos
10/11/2008 - 09:35

O Emap, conglomerado de mídia inglês que controla o Festival Internacional de Publicidade de Cannes, oficializa nos próximos dias o lançamento de uma nova competição, a ser incluída no evento a partir do ano que vem. Trata-se do PR Lions, dedicado a premiar cases de relações públicas nas áreas de imagem corporativa, estratégias de uso de mídia e eficácia no relacionamento com diferentes públicos.

Esta será a décima primeira área do festival, cuja edição de 2009 está marcada para acontecer entre os dias 21 e 27 de junho, no sul da França. Apesar das especificidades que envolvem a apresentação de cases da disciplina, o interesse das agências de relações públicas em participar chamou a atenção do presidente do Cannes Lions, Philip Thomas, que bateu o martelo para que a estréia ocorra já no ano que vem.

Até o início de dezembro, os representantes do Festival de Cannes espalhados pelo mundo farão suas indicações de nomes para a composição dos júris. No Brasil, a responsabilidade é do Grupo Estado, onde o trabalho é coordenado pela diretora de multimeios, Isabel Borba.

No próximo ano, o País não terá representante na comissão julgadora de Titanium and Integrated Lions, a competição que tem despertado maior cobiça dos concorrentes e cujo seleto grupo de jurados já incluiu três brasileiros: Sérgio Valente (2008), Adriana Cury (2006) e Nizan Guanaes (2005). Em todas as outras dez áreas, incluindo a estreante PR Lions, haverá integrantes brasileiros.

A informação é da coluna Em Pauta da edição 1.334 do jornal Meio & Mensagem, que circula desde o fim de semana com data de capa de 10 de novembro.

A entrega oficial dos Leões conquistados pelas agências brasileiras no Festival deste ano será feita de forma diferente pelo Grupo Estado. Ao invés de uma festa, como ocorreu nos últimos anos, o representante brasileiro do Festival de Cannes irá entregar os troféus em visitas a cada uma das agências vencedoras, a partir desta semana.

Fonte: Meio & Mensagem

Cannes apresenta presidente do primeiro PR Lions

O inglês Tim Bell, da Chime Communications, comandará o júri inaugural da área de relações públicas
13/11/2008 - 08:44

Como adiantou a coluna Em Pauta da edição do jornal Meio & Mensagem que circula nesta semana (veja aqui), o Festival Internacional de Publicidade de Cannes irá inaugurar a sua décima primeira competição em 2009: a PR Lions. Além de confirmar a novidade, a organização do evento está apresentando o presidente do júri inaugural desta área dedicada a avaliação de cases de relações públicas.

Trata-se de Lorde Tim Bell, presidente da Chime Communications, além de conselheiro de vários comitês diretivos e CEOs das principais empresas e organizações britânicas. "Esta nova categoria servirá para expandir o reconhecimento do gerenciamento da reputação em nossa indústria", comentou o executivo.

Tim Bell ajudou a fundar a Saatchi & Saatchi em 1970, como presidente internacional. Em 1979 e 1983, gerenciou as campanhas eleitorais do Partido Conservador inglês e foi conselheiro de Margaret Thatcher na eleição de 1987. Em 1985, se tornou presidente adjunto do The Lowe Group, até que, em 1989, comprou a divisão de comunicações Lowe Bell Communications.

Atualmente, Tim Bell é o presidente e principal acionista da Chime Communications, holding listada na bolsa de valores de Londres, que é detentora da Bell Pottinger Communications (antiga Lowe Bell) e da agência de publicidade VCCP.

O júri do PR Lions levará em conta a estratégia, a criatividade e originalidade dos projetos, sua execução e os resultados gerados para os clientes. A categoria será dividida em três áreas principais: setorial, técnica e produtos e serviços. Os vencedores da primeira edição da competição receberão seus prêmios em Cannes no dia 22 de junho de 2009, na cerimônia que também irá premiar os ganhadores do Direct Lions e do Promo Lions.

Nesta semana estreou o layout 2009 do site oficial do Festival de Cannes.

6 de nov. de 2008

Barack Obama

Quando um sonho é desejado por muitos, sua realização é motivo de comoção. Assim se manifestaram as pessoas ao redor do mundo com a eleição de Barack Obama.
Esse homem é a personificação da esperança que, revigora e acalenta o espírito humano rumo a seu destino grandioso.
Somos os nossos sonhos, somos a vontade de mudar e fazer a diferença, somos grandes nas pequenas ações de cada dia e somos imbatíveis quando unidos num único propósito.
A eleição que deu a vitória a Obama, deu a todos nós a consciência de que podemos sim, mudar o curso da história, podemos sim, construir pontes sobre os escombros, podemos resgatar os valores que são o norte da humanidade, podemos transformar nossas realidades.
O mundo experimentou com essa eleição o êxtase do compartilhar e somar para ganhar, o mundo ganhou, talvez um novo farol, o tempo nos dirá. Mas certo é que, somos capazes de enxergar a oportunidade abrir a porta e atravessá-la.
Que esse momento possa tocar profundamente a humanidade, possa reconfortá-la e despertá-la para todas as ações que ainda são necessárias para salvar esse planeta, para salvar a própria humanidade dessa letargia que, por muito tempo manteve o sonho perdido nas águas obscuras da indiferença.
Somos nós, cada um de nós, com nossos sonhos e desejos que construiremos a nova humanidade. Com generosidade, compaixão e união vamos deixar para as gerações que virão o grande legado que é a capacidade infinita de recomeçar, de tornar real os sonhos coletivos de bem estar e cooperação.
Barack Obama venceu a eleição e nós enquanto sociedades pelo mundo, vencemos a hipnose que nos mantinha apáticos, vencemos o medo e iniciamos uma nova era.

Milene Gonçalves

2 de nov. de 2008

Conferência Comunicação Interna IQPC tem sua segunda edição

Acontece em São Paulo, de 25 a 27 de novembro, trazendo experiências de diversas empresas



Comunicação é indiscutivelmente importante para o sucesso dos negócios. Por isso, o IQPC – International Quality & Productivity Center, empresa internacional de informação empresarial, traz com exclusividade a 2ª edição do maior summit para executivos de comunicação focados nas melhores práticas e trends para a comunicação interna, oportunidade que reunirá os principais profissionais do mercado, de 25 a 27 de novembro, no Meliá Jardim Europa.



Durante o evento serão apresentados 20 novos casos práticos em comunicação interna de grandes empresas que atuam no país. Os Workshops abordarão os temas Construção de um plano de comunicação baseado em indicadores de performance; Novas mídias – Wikis, blogs, web 2.0 – como ser mais efetivo na comunicação interna na era da tecnologia e colaboração e Desenvolvendo métricas para garantir o retorno sobre investimentos em comunicação interna.



Indicações do CONRERP têm 10% de desconto na inscrição desta conferência.

Mencione o código 12709CON ao fazer sua inscrição.



Para mais informações e inscrições:

Telefone: (11) 3164-5600

E-mail: atendimento@iqpc.com


Fonte: IQPC

29 de out. de 2008

Relatório mostra que crédito ambiental do planeta se esgotará em 2030

O relatório Planeta Vivo 2008, publicação bianual da Rede WWF, mostra que, caso o modelo atual de consumo e degradação ambiental não seja superado, é possível que os recursos naturais entrem em colapso a partir de 2030, quando a demanda pelos recursos ecológicos será o dobro do que a Terra pode oferecer.

Alguns países, como os EUA e a China, demandam mais que sua biocapacidade (aquilo que seus ecossistemas são capazes de oferecer), se caracterizando como “países devedores ecológicos”. Outros, como o Brasil, por exemplo, são “países credores ecológicos”, pois ainda possuem mais recursos ecológicos do que consomem, e usualmente “exportam” sua biocapacidade para os devedores.

“Assim como a bolha financeira mundial gerou a crise econômica atual, o consumo desenfreado dos recursos naturais disponíveis no planeta pode gerar uma nova crise. Temos que ficar atentos a isso”, alerta Denise Hamú, secretária-geral do WWF-Brasil. “O Brasil precisa ter consciência da importância de conservar seus ativos ecológicos e de engajar-se no desenvolvimento de modelos de negócios inovadores e baseados em uma gestão sustentável dos recursos naturais. Temos de começar agora a enfrentar o desafio de gerenciar responsavelmente o capital natural e, ao mesmo tempo, aumentar a qualidade de vida dos cidadãos.”

Esta é a sétima edição do estudo, que traz dois indicadores da saúde da Terra. Um deles é o Índice Planeta Vivo, que reflete o estado dos ecossistemas do planeta. Baseado nas populações mundiais de 1.686 espécies de vertebrados, como peixes, aves, répteis e mamíferos, esse indicador apresentou uma redução de quase 30% em apenas 35 anos.

Em algumas áreas temperadas, não houve redução nas populações. Em compensação, a redução de 60% na região tropical mostra a urgência de conservarmos os ecossistemas e seus serviços ecológicos.

O outro índice medido no relatório Planeta Vivo é a Pegada Ecológica, que evidencia a extensão e o tipo de demanda humana por recursos naturais e sua pressão sobre os ecossistemas. A média individual mundial é de 2,7 hectares globais por ano.

O índice recomendado no relatório para que a biocapacidade do planeta seja suficiente para garantir uma vida sustentável seria de 2,1 ha/ano por pessoa. No entanto, a média brasileira por pessoa já supera este patamar e está atualmente em 2,4 ha/ano.

“Para diminuir a Pegada Ecológica do País é importante que os consumidores adotem uma postura consciente ao realizar suas compras.

Também é fundamental que as empresas façam sua parte, pensando em processos de produção, embalagem e distribuição menos impactantes. Já os governos precisam prover infra-estrutura, estabelecer marcos regulatórios e incentivos para tornar viáveis ações sustentáveis”, exemplifica Irineu Tamaio, coordenador do programa de Educação para Sociedades Sustentáveis do WWF-Brasil.

Segundo Irineu Tamaio, os astronômicos níveis de consumo atuais em algumas sociedades só são possíveis porque há pessoas consumindo menos que o necessário para ter uma vida digna em outras. Os países com mais de um milhão de habitantes que tiveram maior Pegada Ecológica foram os Emirados Árabes Unidos, os EUA, o Kuwait, a Dinamarca e a Austrália.

Segundo o relatório, o Brasil ocupa o 58º lugar em termos de consumo entre os países com mais de um milhão de habitantes. Impedir o crescimento da Pegada Ecológica e principalmente estabelecer uma padrão consistente de redução dela é uma lição de casa para a sociedade brasileira.

O crescente desmatamento de florestas no Brasil e perda da biodiversidade exemplificam bem os riscos de aumento da Pegada em conseqüência de um modelo de desenvolvimento econômico tradicional.

É preciso zerar o desmatamento na Amazônia e utilizar de forma sustentável a floresta, melhorando a qualidade de vida das populações locais. Nesse contexto são diversas as estratégias a serem adotadas, como critérios socioambientais na produção agropecuária, melhor produtividade em áreas de uso extensivo, exploração manejada dos recursos florestais e criação e implementação de áreas protegidas, além de outras medidas.

Esse momento de crise mundial é uma oportunidade de atuar decisivamente nos três fatores responsáveis pela expansão da Pegada Ecológica: crescimento populacional, consumo per capita e intensidade e forma de uso dos recursos naturais.

As soluções para conter uma possível crise ambiental são diversas e muitas se complementam. Ente elas estão a diversificação da matriz elétrica, já proposta pelo WWF-Brasil no estudo Agenda Elétrica Sustentável 2020, e o aumento dos investimentos em infra-estrutura sustentável, como a criação de modelos habitacionais baseados em um melhor uso de água, energia e solo.

Outra estratégia fundamental é incentivar os meios de transportes coletivos, tornando-os mais eficientes, menos poluentes e mais confortáveis, além de promover a conservação de áreas verdes em grandes centros urbanos.

“Não é mais possível ignorar os recursos naturais nos modelos de negócio praticados nas diferentes atividades econômicas. O capital natural é tão importante quanto o financeiro, o humano e o material envolvidos na produção de qualquer bem. Enquanto o custo de preservá-lo adequadamente não estiver incluído no preço dos produtos, estaremos caminhando rapidamente para exaurir o nosso crédito ecológico”, conclui Carlos Alberto de Mattos Scaramuzza, superintendente de Conservação de Programas Temáticos do WWF-Brasil.

Demanda da humanidade supera capacidade do planeta

O relatório Planeta Vivo da Rede WWF é uma atualização periódica sobre o estado dos ecossistemas do mundo.

Uma vez a cada dois anos, ele descreve a mudança que ocorre na biodiversidade do planeta e a pressão exercida sobre os ecossistemas pelo consumo humano de recursos naturais.

O relatório está baseado em dois indicadores:

o Índice Planeta Vivo, que reflete a saúde dos ecossistemas do planeta; e a Pegada Ecológica, que mostra a extensão da demanda humana nos ecossistemas.

Esses índices são calculados ao longo de várias décadas para revelar tendências passadas. Seguem três cenários para descobrir o que o futuro nos reserva.

Os cenários mostram como as escolhas que fazemos podem levar a uma sociedade sustentável, vivendo em harmonia com ecossistemas robustos ou a um colapso desses ecossistemas, o que resultaria na perda permanente da biodiversidade e na erosão da capacidade do planeta de sustentar a população.

Fonte: Envolverde - continua no link acima

29/10/2008 - 01h10

19 de out. de 2008

Parabéns Envolverde!

Três dias de reciclagem humana, de idéias e objetivos. Momento de olhar os efeitos e pensar nas soluções, hora de trocar conhecimento e buscar auxílio. Como é bom compartilhar conhecimento! E constatar que outras pessoas tem a mesma direção que a sua, no minímo esperançoso compactuar com uma visão de mundo mais correto, mais limpo, mais vivo.
Por mim foi sentido dessa maneira, esses três dias de encontro com comunicadores de empresas, de redações e de uma série de veículos ortodoxos e marginais.
O que realmente importa como disse a Senadora Marina Silva " Temos que estar alinhados com a vida, com o processo criativo em todos os sentidos. Isso é desenvolvimento sustentável". É isso exatamente, estarmos ligados na vida e nos seus processos criativos, no amor incondicional que faz com que desejemos o bem comum. É essa aliança e esse casamento entre idéias e ações que, vão criar um mundo melhor para nossos filhos e netos.
A Envolverde e sua equipe está de parabéns pela iniciativa e pela coragem de insistir na direção certa. Foram três dias, quarenta e dois palestrantes, trezentas pessoas presentes, vindas de todos os lugares do Brasil e da América Latina.

Pessoas reunidas por um propósito maior, a vida.

Que venham outros cada vez mais e com mais pessoas, pessoas diferentes. Que essa corrente tome conta do planeta e transforme de fato nosso presente e o futuro das novas gerações.

Saudações Verdes a todos.

1 de out. de 2008

Feitiço e magia no jornalismo pela sustentabilidade

Jornalistas debatendo responsabilidade social empresarial na mídia. O tema me pareceu instigante. O fato de os debatedores do Seminário serem os vencedores do 8° Prêmio Ethos de Jornalismo também chamou minha atenção. Saí do Seminário, realizado ontem (30/9), em São Paulo, com vários questionamentos, algumas certezas e muita vontade de escrever cada vez mais.

São muitos os desafios dos jornalistas que trabalham com o tema da sustentabilidade. E, aqueles que estão distantes da temática, têm mais obstáculos ainda. A dúvida é, porque se distanciar de algo que se mostra tão importante?

Alguns, nitidamente, não se interessarem pela sustentabilidade, outros trabalham em veículos de comunicação que ainda não atentaram para a relevância sistêmica dela. Há, ainda, aqueles que mergulharam, mas não passaram da superfície do assunto e permanecem sem os ‘equipamentos de mergulho’ que os levariam a conhecer a fundo a complexidade do tema.

Essas constatações não são novas para os profissionais que vêm prestando atenção nas notícias divulgadas na mídia em geral e nas especializadas. De uns três ou quatro anos pra cá aumentou a quantidade de notícias divulgadas sobre sustentabilidade. Aumentaram, também, os veículos especializados no tema. Mas, até que ponto essas notícias se esgotam e tocam a fundo a questão? Como diferenciar o que é uma boa pauta, que certamente gerará uma matéria embasada, de outras que alguns costumam chamar de lixo travestido de jornalismo?

Sabe-se que depois de uma boa matéria publicada o tema pode perder-se e que o veículo pode deixar de dar continuidade ao caso se aparecer algo mais novo, chamativo e que gere mais audiência. Nesse sentido, como fica a sociedade, carente de seqüência e embasamento sobre os fatos?

Os vencedores do Prêmio Ethos de Jornalismo 2008 participaram do Seminário, realizado ontem, contaram sobre suas experiências e puderam debater a responsabilidade social empresarial na mídia. Clique aqui e confira os vencedores do Prêmio.

Para André Trigueiro, vencedor da categoria Televisão, com matérias publicadas na Globo News, a mídia é refém do factual. “Nós, jornalistas, temos a pretensão de informar em primeiro lugar. É como se estivesse embutido no jornalista a vontade de ‘formar’, apesar de não sermos educadores”. Ao mesmo tempo, paira na profissão a dificuldade de dar continuidade e gancho para outras matérias, já que ficamos presos no factual. É como se a contextualização e a continuação dos fatos caíssem, perdessem a importância em meio a outros temas mais instigantes.

“Na área ambiental e, quando tratamos de sustentabilidade, a informação tem que promover a mudança de atitude, tem que envolver e fisgar o leitor/expectador. Para os jornalistas, não basta saber seguir as regras, tem que ser feiticeiro”, afirma André Trigueiro.

Será que é aí que está o caminho do meio? Talvez questões como a sustentabilidade necessitem de pessoas mais sensíveis a ponto de conseguirem emplacar pautas em veículos que outrora não atentavam para nada que não fosse o que gera audiência. Será que é na feitiçaria – no bom sentido – que o jornalista André Trigueiro se apóia para conseguir criar pautas sustentáveis e veicula-las em grandes mídias?

Embolorados

Para Trigueiro, “há certo ‘bolor’, um cheiro de naftalina na academia, que dificulta a formação de profissionais preparados para tratarem de questões complexas como a sustentabilidade”. Para ele, “ser jornalista especializado em meio ambiente e sustentabilidade, no Brasil, é uma singularidade devido aos recursos que temos”. Há um senso de urgência na mudança, mas estamos, conforme afirma Trigueiro, em um período de decantação do novo. Há sim, e temos que ressaltar, “uma mudança em curso, mesmo que lenta, já que não se muda a cultura de uma hora pra outra”, afirma o jornalista.

“A idade da pedra não acabou por falta de pedra, assim como a era do petróleo não vai ter fim apenas pela falta desse recurso. É preciso enxergar que a dimensão da sustentabilidade começa dentro de cada um, não é apenas uma questão ambiental. O grande desafio é se dar conta de que o risco mensurável é real e que não mudar é um problema ético”, afirma o jornalista.

Para Adalberto Marcondes, da Revista Digital Envolverde, prêmio destaque da Rede Ethos de Jornalistas, o jornalismo está em um momento mágico. “Nunca tivemos tantas formas de informar ao mesmo tempo e a sociedade nunca teve tantos meios de obter informações”. O fato de a internet ser um veículo multifacetado faz com que, cada vez mais, os jornalistas tenham que se transformar em fontes confiáveis de informação. “Um exemplo disso é o fato de haver hoje algo em torno de 130 milhões de blogs no mundo e os mais lidos são os de jornalistas, que garantem a qualidade e a credibilidade da informação publicada. É a ‘garantia’ de um compromisso por parte do comunicador”.

Para Marcondes, o profissional de comunicação precisa se qualificar ainda mais rápido do que outros para garantir que será fonte de informação.

Como notamos, Trigueiro e Marcondes utilizaram-se de termos ímpares para definir essa possível nova era da comunicação. Um falou em feitiço e outro em magia. Ambos conseguem ser exemplos de jornalismo com foco na sustentabilidade. Ambos conseguem atrair público, cada qual com suas características. Fica a dica dos profissionais, sem ainda uma receita de bolo, já que com ela o jornalismo acabará caindo na mesmice.

Naná Prado e jornalista, gestora ambiental e aspirante à professora de Yoga. É editora-chefe do Mercado Ético. Já trabalhou com Assessoria Estratégica em Meio Ambiente, com responsabilidade social empresarial, com organização de Congressos e redação de Relatórios de Sustentabilidade.

Fonte: Mercado Ético

27 de set. de 2008

GUIA DAS PROFISSÕES FOLHA DE S. PAULO CLASSIFICA A CARREIRA DE RP COMO UMA DAS 10 MAIS PROMISSORAS

São Paulo, domingo, 21 de setembro de 2008

RELAÇÕES PÚBLICAS

Profissional cuida da reputação das empresas. Função tornou-se mais estratégica e valorizada nos últimos anos

As relações públicas são como uma cesta básica, tão importante quanto feijão e arroz, para o país, as empresas e as pessoas. Quem "vende essa idéia" -no jargão da área- é Paulo Nassar, diretor-geral da Aberje (Associação Brasileira de Comunicação Empresarial).

O profissional que coordena essa área responde pela comunicação interna com os funcionários da empresa, assessoria à imprensa e busca de políticas de integração com todos os outros públicos que se relacionam com a instituição.

As maiores empresas instaladas no Brasil incorporaram essa "cesta básica" em seu quadro estratégico de uns anos para cá, aumentando as contratações e os salários do setor.

Segundo pesquisa inédita feita pela Aberje com essas empresas, analistas de comunicação ganham em média por mês R$ 2.800 -enquanto o salário de diretores da área costuma superar os R$ 30 mil mensais.

"Quem cuida da comunicação organizacional é responsável pela gestão da imagem e da reputação da empresa. E isso hoje é irreversível. Esse boom não é só uma tendência de moda", diz a professora de comunicação empresarial da ESPM, Isolda Cremonine.

Graduado em jornalismo, mestre e doutor em relações públicas pela USP, Nassar quer deixar claro que o que está em alta é todo o campo em que vários profissionais -inclusive os relações-públicas- atuam: o da comunicação de organizações.

Mas, para quem quiser pegar o bonde na frente, o curso de relações públicas facilita o ingresso no setor. "Quem faz o curso em nível de graduação já começa com uma vantagem competitiva, com sua formação no campo da atividade relacional. Quem não teve essa formação está procurando ter já num nível de pós-graduação", diz.

Formado em 2006, o paulistano Bruno Carramenha, 23, é exemplo dessa vantagem. Ele faz estágios desde o primeiro ano de faculdade e nunca esteve desempregado. Hoje trabalha na agência de relações públicas LVBA, que atende a empresas do porte de Nokia, Warner e Bayer. Ele afirma que a situação dos colegas também é boa. "Do meu grupo da faculdade, todos estão empregados."

Os estudantes costumam aprender noções de administração, psicologia social, marketing, opinião pública e recursos humanos -currículo que atraiu Milena Cândido, 18. Ela trocou artes cênicas por relações públicas. "Acho que terei mais oportunidades."

CRISTINA MORENO DE CASTRO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

SAIBA MAIS

LIVROS
"Tudo é Comunicação", Paulo Nassar
"Relações Públicas e Modernidade", Margarida Kunsch


FILMES
"Hancock" (2008)
"Mera Coincidência" (1997)


SITE
www.mundorp.com.br


CURSO: 4 anos


R$ 1.543 é o piso salarial, diz o sindicato dos relações-públicas de SP

+ profissional

"Curso traz facilidade para lidar com crises"

Elisa Prado, 46, não teve sorte ao se formar em relações públicas, há 25 anos: demorou um ano e meio para conseguir trabalhar em sua área, que era "fechada". Hoje dirige a comunicação da TetraPak na América Latina.

FOLHA - Como a sra. vê essa área nos próximos anos?
PRADO - Sinto que está desenvolvendo muito. Antes era muito menos estratégica e mais tática. Hoje está se tornando cada vez mais estratégica. Terá cada vez mais importância nas empresas.

FOLHA - Há alguma vantagem para quem se graduou em relações públicas?
PRADO - O curso traz facilidade para lidar com todas as questões que aparecem dentro da empresa e com gerenciamento de crises. Coisas que você não vai ter conhecimento se fizer publicidade ou jornalismo. Talvez esse seja o grande diferencial.

Pergunta vestibulanda

MILENA CÂNDIDO - Como é seu dia-a-dia?
PRADO - Leio pelo menos três jornais por dia. Como é uma empresa global, preciso estar sempre fora do país acompanhando projetos, coordenando equipes na América Latina. E, praticamente duas vezes por semana, vou a eventos.

19 de ago. de 2008

Campanha “Profissional Legal”

Prezado profissional,

O Conrerp 2ª Região finalizou a primeira fase da sondagem que pretendeu, por meio de uma consulta direta ao mercado, conhecer a realidade do campo profissional de Relações Públicas. Quando concluída, esta sondagem será de suma importância para toda a categoria profissional e, portanto, para este Conselho, pois permitirá conhecer afinal qual a amplitude real de atividade dos profissionais de relações públicas no mercado de comunicação atualmente, diluindo suposições pessimistas constantemente divulgadas pela mídia. Também a partir desta campanha, o Conrerp 2ª região pretende aproximar-se mais dos relações públicas paulistas e paranaenses, uma vez que terá melhor conhecimento de onde estão atuando, e saber quais suas expectativas e demandas em relação ao Conrerp – quando poderá então agir adequadamente.

A sondagem foi iniciada no mês de maio, quando solicitamos às agências registradas neste Regional que nos informassem quantos e quem eram seus profissionais de Relações Públicas – colaboradores diretos e/ou prestadores de serviços.

Ao final da primeira fase desta pesquisa detectamos que, por alguma razão que desconhecemos – mesmo tratando-se de agências já regularmente registradas no Conrerp -, ainda há profissionais que não são registrados no Conselho.

Como nossa intenção é ter os profissionais ao nosso lado, somando forças com o Conrerp, lançamos a campanha “Profissional Legal”, que tem o intuito de facilitar a entrada destes profissionais no Conselho, oferecendo condições especiais de quitação das taxas obrigatórias, dentro do que permite a legislação.

A campanha “Profissional Legal” vai até o dia 31 de agosto, período em que os profissionais de Relações Públicas que exercem suas atividades na 2ª região (São Paulo/Paraná) poderão efetuar seus registros profissionais da seguinte forma:

Taxas:
Taxa do Registro Definitivo: R$ 75,00
Primeira via da Carteira de Identidade Profissional: R$ 15,00
Prazo para pagamento: À vista

Anuidade:Definitivo proporcional ao mês de Agosto: R$120,00
Provisório proporcional ao mês de Agosto: R$60,00
Prazo normal para pagamento: À vista.
Prazo promocional para pagamento: 30 DIAS.

Lembramos que as condições acima são promocionais e válidas apenas para registros solicitados até o dia 31 de agosto, período em que esperamos poder contar com a sua preciosa colaboração na divulgação desta oportunidade a todos os seus colegas de profissão.

O Conrerp também se coloca inteiramente à disposição para consultas sobre condições de parcelamento de valores e anuidades pendentes.

Para mais informações contate-nos:Telefones: (11) 3872-4020 ou 0800-167-853
Email: deborah@conrerp2.org.br, aos cuidados de Deborah Roque
Ou ainda pelo canal “Fale Conosco”, no www.conrerp2.org.br


CONRERP 2ª Região - Conselho Regional de Profissionais de Relações Públicas – SP/PR
Rua Monte Alegre, 212, cj. 61 – Perdizes – CEP: 05014-000 - São Paulo / SP
Fones: (11) 3872-4020 / 3801-2450 / 0800 167 853 - Fax: (11) 3672-9332
www.conrerp2.org.br

11 de ago. de 2008

ABERJE divulga estudo sobre as políticas salariais em Comunicação

Os resultados do 1o. Estudo de Remuneração da
área de Comunicação Organizacional mostram que um
profissional no cargo de Gerência recebe
mensalmente entre R$ 10.600,00 e R$ 14.800,00,
além dos benefícios. Já um Coordenador na área
fica num patamar entre R$ 5.800,00 e R$ 8.800,00
por mês. Se for Analista de Comunicação, em nível
pleno, o salário situa-se na faixa de R$
3.800,00. O estudo foi realizado pela ABERJE ­
reunindo as Associações Brasileiras de
Comunicação Empresarial, de Branding e de
Comunicação Organizacional ­ e pela DMR
Consulting, junto a um painel de empresas
representativas associadas à entidade, no final
do primeiro semestre de 2008. Além dos salários
mensais, os profissionais da área de comunicação
receberam, como bônus ou Participação nos Lucros
e Resultados, valores que variaram entre 1,6 e 4,1 salários na média.

A experiência não é nova. As duas organizações já
haviam estabelecido uma parceria em 2007 para a
realização de um levantamento preliminar. Na
ocasião, segundo relata o administrador Carlos
Alberto Ramello, diretor da DMR, informações
disponíveis no banco de dados da consultoria,
compuseram um mapeamento inicial, disponível
ainda no site da entidade clique link acima.
Os executivos em 77% das empresas participantes
têm automóvel concedido pela empresa, com troca a
cada três anos, enquanto que, independente do
cargo, em 83% das empresas há plano de
assistência odontológica, em 94% estão cobertos
por plano de previdência privada, e em 90%
recebem subsídio de 70% para a educação regular
(curso superior, MBA e outras opções em
pós-graduação) e de 60% para a realização de
curso de idiomas. Os valores pagos aos
estagiários dependem do ano do universitário, mas
varia entre um mínimo de R$ 4,28 e um máximo de
R$ 9,35 por hora, com uma carga aproximada de 168 horas/mês de atividades.

27 de jul. de 2008

ABERJE promove Comitê de Sustentabilidade

Baseada na importância do tema a ABERJE realiza no dia 07 de agosto o Comitê de Sustentabilidade. Participarão do encontro Walter De Simoni, Presidente da Anglo American e Jean Philippe Leroy, Diretor do Departamento de Relações com o Mercado do Bradesco.


O evento, exclusivo para associados, será realizado, das 08h30 às 11h30, no Reserva Cultural – Av. Paulista, 900, Térreo Baixo, Sala 01. Os interessados podem entrar em contato com Emily pelo telefone (11) 3662 3990 ou pelo e-mail emily@aberje.com.br.

A sustentabilidade resulta e se reflete nas atitudes das pessoas e das organizações e está diretamente ligada à sobrevivência do planeta. Para uma ação ser sustentável ela deve envolver quatro requisitos básicos: ser ecologicamente correta; economicamente viável; socialmente justa; e culturalmente aceita, de maneira a prover o melhor para as pessoas e para o ambiente tanto agora como para um futuro indefinido.

Sustentabilidade é o ponto de intersecção entre as estratégias de negócios de uma empresa e os interesses de toda a sociedade. O desafio é transformar conhecimento em ações que efetivamente vão contribuir, sem enganos, para a inserção das práticas de sustentabilidade nas estratégias de negócio das corporações. O tema é urgente, inescapável para quem trabalha em empresas.

Fonte: Aberje

8 de jul. de 2008

Sustentabilidade e Comunicação de Marketing

Por Álvaro Esteves*

A palavra sustentabilidade está correndo sério perigo de se tornar tão "irritante" quanto parceria, sinergia, paradigma, focado, qualidade e muitas outras que se desgastaram com o uso excessivo, nos últimos anos. Ela é hoje bola da vez como "mantra" no universo das empresas. As razões são óbvias. Estamos vivendo de fato um momento extremamente crítico na nossa civilização, tanto sob o ponto de vista de ameaças ambientais quanto de inadiáveis questões sociais, e é ampla a difusão dessas informações entre as pessoas que compõem o universo corporativo. O que é muito triste, neste caso, é que a palavra sustentabilidade está sendo usada, muitas vezes, de forma bastante indevida. Pior: em muitas situações em que o entusiasmo (em querer fazer alguma coisa) se mistura ao desconhecimento, seu uso pode soar como oportunista para ouvidos cada vez mais severos com este tipo de tema, no "outro lado do balcão".

O fato é que a sustentabilidade está por trás de uma mudança urgente que todas as organizações precisam empreender ou aprofundar. Trata-se de sair de um modelo linear para um modelo circular na produção e na lógica dos negócios. Precisamos, sim, abandonar um sistema tipo "pega- faz-descarta", em que a seqüência - linear - é extrair recursos da terra, transformá-los em produtos para serem entregues a consumidores no menor tempo possível, descarregando os refugos que o sistema gera de volta à natureza, seja no ar, no solo, ou nas águas.

Quando se fala em sustentabilidade está se falando em uma alternativa de sistema que poderíamos denominar de "pega emprestado-usa-devolve", em que a seqüência é circular e envolve a utilização de matérias-primas, energia e processos de produção benignos, que continuamente recirculam materiais aproveitáveis como insumo para outros ciclos produtivos, ou então os devolvem à natureza, devidamente regenerados, onde possam ser nutrientes de outros processos vitais. Está também implícita, no modelo circular, a necessidade de se levar em conta, além desta visão ambiental, os impactos sociais de cada etapa das atividades produtivas, até o seu consumo e seu descarte.

Quando dirigimos este mesmo olhar para o universo da Comunicação de Marketing, enxergamos também a necessidade de grandes mudanças na lógica predominante. Precisamos igualmente rever nosso atávico modelo linear: criação da mensagem - produção da mensagem (nem sempre sustentável) - veiculação da mensagem (broadcast ou direta) - ação do consumidor. A figura abaixo tenta ilustrar uma possibilidade de alinhamento deste processo a um modelo circular, que talvez possamos, enfim, começar a associar à palavra sustentabilidade:

Nessa visão, temos oportunidades em todo o caminho. Primeiro na criação da mensagem. Não vemos aqui um cerceamento à criatividade nem a necessidade de se ter uma comunicação xiita ou "babaca". Muito ao contrário, vemos, sim, muitas oportunidades de se pensar "fora da caixa", certos de que, para diferenciar um produto de seu concorrente não é necessário apelar para situações preconceituosas ou estimular comportamentos não sustentáveis.

As sempre infindáveis possibilidades do processo criativo podem gerar idéias e situações que tragam alguma contribuição positiva, sem deixar de atender a suas finalidades. As marcas vão agradecer, logo, logo. Um relatório do PNUMA (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente) sintetiza: "A sociedade, agora, tem uma nova escala de preocupações; e as empresas passam a ter necessidade de um novo tipo de mensagens".

Depois, há os processos de produção. No lado do cinema publicitário, há "n" chances de alinhamento: elenco, locações, postura diante do uso de energia, materiais cenográficos e de consumo recicláveis, etc. No lado gráfico, idêntico raciocínio com relação a papel, energia, brindes com caráter social ou ambiental, comércio justo, etc. O mesmo se aplica às mídias, assumindo estas uma postura de respeito ao meio ambiente e ao consumidor, trazendo ainda contribuições ao tecido social onde atua.

Um último aspecto é o relacionado com os canais de diálogo não só com o consumidor, mas também com outros públicos afetados pelos produtos e pelas ações de comunicação. A nosso ver, esta é a porta da inovação da qual tanto carecemos. As organizações fechadas na zona de conforto de seu sucesso imediato precisam - e muito - ouvir continuamente esses públicos de forma a desenvolver seu senso de propósito, sua habilidade de aprender e sua capacidade de responder a mudanças. Em suma, aquilo que garantirá sua competitividade ao longo do tempo. A comunicação de marketing, a serviço deste objetivo e com o novo olhar de que falamos, poderá então usar o termo "sustentável" livremente, tendo o respeito e o reconhecimento de todos.


* Álvaro Esteves é diretor da Ekobé - Sustentabilidade e Responsabilidade Corporativa e autor dos livros "Uma Questão de Tempo" (Ed. Objetiva) e "O Gerente Animador" (Ed. Livro Técnico).

Fonte:(Envolverde/Instituto Ethos)

7 de jul. de 2008

1° Encontro Latino-Americano de Comunicação e Sustentabilidade

Envolverde vai realizar o 1° Encontro Latino-Americano de Comunicação e Sustentabilidade

Durante três dias, em outubro de 2008, jornalistas e profissionais de comunicação do Brasil e de diversos países da América Latina, vão se reunir em São Paulo para debater modelos de comunicação pela sustentabilidade tendo como ponto focal três temas: Água, Amazônia e Energia. A idéia é mostrar como estes temas estão presentes na mídia, qual sua relevância em relação ao modelo de desenvolvimento da região e o que significa a vertente “sustentabilidade” sobre estes temas.

Este primeiro encontro regional é uma iniciativa da Envolverde, que em 2005 realizou o 1° Congresso Brasileiro de Jornalismo Ambiental e vem trabalhando para tornar mais abrangentes as pautas de sustentabilidade presentes na mídia brasileira e regional. Um dos apoios mais importantes para este evento vem do Projeto Terramérica, desenvolvido pela agência Inter Press Service (IPS) e pelos Programas das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) e Para o Desenvolvimento (Pnud), que atua com comunicação e desenvolvimento sustententável na região desde 1995, quando circulou a primeira edição do Terramérica, focada em biodiversidade.

Este encontro terá como curadores os jornalistas Adalberto Wodianer Marcondes (Dal Marcondes), Fátima Cardoso e Luciano Martins, que estão trabalhando desde o final de 2007 na construção conceitual e na estruturação das mesas para o encontro. O evento já conta com o patrocínio da Tetrapak, da Petrobras e da Fundação Banco do Brasil.

O Encontro vai acontecer nos dias 16, 17 e 18 de outubro no Hotel Jaraguá, no Centro de São Paulo, e deverá ter um palestrante especial e três mesas de debates por dia. O público para este encontro será formado principalmente por profissionais de comunicação ligados a mídias e a assessorias de imprensa independentes e corporativas de ongs, governos e empresas. Também será reservada uma cota de lugares para estudantes de comunicação em todas as suas modalidades. O evento está formatado para receber 300 pessoas na platéia e cerca de 30 palestrantes.

Além das mesas de debates o 1° Encontro Latino-Americano de Comunicação e Sustentabilidade terá uma exposição de Tecnologias e Modelos para a Sustentabilidade, onde empresas e ONGs poderão mostrar o que vêm realizando nesta área.

Para a Envolverde a realização deste encontro é seguir em sua missão “Jornalismo pela Sustentabilidade”, buscando ampliar o debate sobre o tema e apoiar jornalistas, assessores de imprensa e publicitários em sua busca por novas pautas, que reflitam o momento de transição pelo qual passa a sociedade, a economia e a mídia em relação à sustentabilidade.

Mais Informações
Milene Gonçalves – milene@envolverde.com.br
Ana Maria Vasconcellos – anamaria@envolverde.com.br


Fonte:(Agência Envolverde)

19 de jun. de 2008

Relações Públicas: conceitos e preconceitos

A falta de precisão da mídia ao manipular conceitos importantes tem se tornado cada vez mais freqüente e, com certeza, deriva de dois motivos básicos: desconhecimento dos que deles lançam mão ou absoluta má fé. Na verdade, seria lícito esperar que comunicadores, em particular jornalistas (que são infelizmente grandes infratores conceituais), estejam atualizados, privilegiem a qualidade da informação que veiculam e não contemplem conceitos como expressões vazias, sem conteúdo. Mas é isso que acontece.

Muitos profissionais de imprensa e veículos têm conseguido jogar na cesta do lixo conceitos de indiscutível relevância como responsabilidade social, cidadania, sustentabilidade, porque estão reféns ou de sua própria ignorância ou de releases e entrevistas oriundas de fontes empresariais oportunistas. Desta forma, acreditam e fazem circular informações sobre a responsabilidade social da indústria tabagista (quem mata milhões em todo o mundo não merece esta boa vontade jamais), exaltam o apoio das casas de bingos ao esporte brasileiro (vamos acabar com esta ilegalidade logo?) e imaginam que a indústria agroquímica e de mineração possam ser sustentáveis (agrotóxico é veneno e mata mesmo e queremos mais respeito com os indígenas).

Ao mesmo tempo, fecham com as agências de propaganda e empresários da comunicação que defendem a liberdade de expressão para a indústria de bebidas, de armas ou para a indústria de alimentos que seduz e torna nossas crianças obesas, quando estão mirando apenas os seus lucros. Não têm qualquer perspectiva crítica em relação às montadoras (um recall por semana) e à indústria da saúde, e continuam proclamando aos quatro ventos os milagres de seus produtos, muitos deles fatais para grupos de risco. São até capazes de chamar plantação de eucaliptos de floresta porque sua visão de biodiversidade é mais estreita do buraco de agulha.

Incomoda da mesma forma a visão preconceituosa com que, repetidamente, a mídia tem se referido à atividade de Relações Públicas, considerada muitas vezes como vilã da sociedade, considerando comportamentos e posturas individuais como expressão de toda uma categoria. Evidentemente, existem desvios no exercício da profissão, mas eles são comuns (e como) em outras atividades também. Militares que entregam jovens para milícias rivais, submetendo-as à tortura e à morte; governantes e políticos corruptos, embora eleitos com milhões de votos; empresários que exploram o trabalho escravo e publicitários que fazem o jogo dos grandes interesses comerciais existem aos montes por esse Brasilzão afora. Como são comuns os jornalistas que vivem atrás de um jabá e veículos que estabelecem relações promíscuas com o poder político e econômico.

A atividade de Relações Públicas é essencial para uma sociedade democrática porque as organizações dependem, cada vez mais, de profissionais e projetos que estabeleçam uma relação saudável e harmônica com os seus públicos de interesse. Uma sociedade moderna, justa, democrática não pode abrir deste diálogo permanente promovido por verdadeiros Relações Públicas; pelo contrário, precisa dispor de ações, planos, estratégias e políticas para a inserção das organizações na sociedade, e a atividade de Relações Públicas, quando autêntica (a ilegítima não merece essa denominação) trabalha sempre e de maneira competente neste sentido.

É triste perceber nos anúncios classificados dos jornais, nas falas de empresários mal informados, nas telenovelas e, sobretudo nos comentários preconceituosos dos jornalistas uma perspectiva equivocada do trabalho dos Relações Públicas. Há quem os confunda com meros organizadores de festinhas e não percebe a importância dos eventos corporativos para a consolidação das marcas; há quem os associe a posturas não éticas ou de submissão a chefias ou organizações (esta mentalidade capacho existe em todo o canto e tem a ver com fraquezas individuais e não com o "ethos" de determinada categoria) e não percebe o trabalho fundamental que realizam junto às comunidades e a populações menos favorecidas.

Não há dúvida de que, em alguns casos, aqueles que se denominam Relações Públicas (e agridem a atividade) podem estar contribuindo para esta visão distorcida, ao encamparem ações ou projetos que penalizam a sociedade ou afrontam a ética e a transparência. Há, todos sabemos disso, agências (que se dizem de RP) criando blogs e perfis no Orkut para enganar jornalistas e a sociedade, tentando demonizar movimentos sociais, pregando o "bom mocismo" dos fabricantes do tabaco e legitimando predadores ambientais contumazes. Há empresas (agências/assessorias) e profissionais a serviço de interesses inconfessáveis que praticam a atividade suja de "limpeza de imagem", buscando salvar a pele de organizações sem escrúpulos. Mas, convenhamos, isso não é Relações Públicas, nunca foi e nunca será.

Não se pode confundir ações e posturas patológicas em comunicação com a atividade de Relações Públicas, que se apóia em valores defendidos pela sociedade e que encontra respaldo numa formação universitária de excelente nível em muitas universidades brasileiras (há cursos ruins, mas eles proliferam em todas as áreas, sobretudo depois da explosão irresponsável do ensino mercantilista em nosso país).

Certamente, o preconceito de veículos, de jornalistas, da mídia em geral com os profissionais e a própria atividade de Relações Públicas tem a ver também com o ranço corporativista que ainda vigora no campo da comunicação (briga de foice, sem sentido, por um espaço que gradativamente vai sendo ocupado por profissionais de outras áreas) e que apenas confirma a tese de que a comunicação integrada não passa de uma imensa hipocrisia. Não se pode integrar o que está sendo desconstruído a todo momento por disputas corporativistas.

Está na hora de desarmar os espíritos, qualificar os conceitos, repudiar os preconceitos e, em especial, de assumir uma visão mais comprometida com a comunicação cidadã. Nela, não há espaços para interesses mesquinhos, manipulações egoístas ou idiossincrasias profissionais.

Os jornalistas e Relações Públicas precisam definitivamente "juntar os trapos". A comunicação verdadeiramente estratégica, integrada, passa obrigatoriamente por este casamento promissor. Enquanto persistir este divórcio, eivado de preconceitos e incompreensões, pouco avançaremos. Os espaços profissionais em comunicação serão maiores e mais qualificados, se caminharmos juntos. Como jornalista, um grande abraço aos amigos Relações Públicas. Nossas eternas homenagens a Vera Giangrande, que sempre defendeu esta união profícua e que se entristecia (e se indignava) com a nossa falta de solidariedade.


* Wilson da Costa Bueno é jornalista, professor da UMESP e da USP, diretor da Comtexto Comunicação e Pesquisa. Editor de 4 sites temáticos e de 4 revistas digitais de comunicação.

Fonte: Portal Imprensa

Rede promove a troca de livros pelo mundo

Por Bruna Souza, do Aprendiz

Com o objetivo de transformar o mundo todo em uma grande biblioteca, surgiu o Bookcrossing: rede literária sem fronteiras que promove a leitura por meio de trocas de livros.

Criado em 2001, nos Estados Unidos, o projeto foi baseado no Where’ s George? (em português, Onde está George?), movimento que rastreava, a partir do número de série, notas de dólares por meio da Internet. “Você podia descobrir o trajeto e a história daquela nota. Isso virou uma mania nos Estados Unidos e um americano quis fazer a mesma coisa com os livros”, conta a gestora de zonas Bookcrossing, Helena Castello Branco.

Para isso, foi criado o site Bookcrossing. Por meio da página, os membros podem se comunicar e compartilhar livros sem o empecilho dos limites geográficos.

“Existem estantes online onde estão registrados os livros que os membros disponibilizam para troca, além de uma lista de obras que eles gostariam de adquirir. Quando um se interessa pelo livro do outro, trocam mensagens e decidem qual a melhor forma para que o livro possa viajar”, explica Helena.

A rede está presente em mais de 140 países, tem 680 mil membros e 5 milhões de livros cadastrados. No Brasil desde 2001, a comunidade hoje conta com cerca de 4.100 membros espalhados por todos os estados do país.

A troca de livros é feita geralmente pela Internet, mas há também as chamadas zonas de bookcrossing. Elas estão localizadas em cafés, restaurantes e estabelecimentos que disponibilizam parte de seu espaço. “As zonas de bookcrossing são pontos de livros fixos. Os livros ficam lá e qualquer um pode pegar, inclusive pessoas que não são clientes do lugar. Em São Paulo (SP) existe uma zona de Bookcrossing em Perdizes, em uma creperia chamada Central das Artes”, lembra.

Além de tudo isso, o livro pode ser deixado em qualquer lugar público para que qualquer pessoa possa ler. “Os membros deixam os livros em shoppings, pontos de ônibus, no metrô ou em qualquer outro lugar em que possa ser encontrado. Quando uma pessoa acha, ela deve acessar o site e colocar lá o número de cadastro que o livro contém”, explica Helena, lembrando do conceito-chave desse movimento: Read, Register and Release (Leia, Registre e Liberte).

Além da comunidade virtual e das zonas de bookcrossing, o projeto também promove encontros de membros a cada dois meses para discussão e troca de livros. “Além da função de hobby, o projeto também tem uma função de cidadania, já que ele ressalta a importância da leitura para o conhecimento e cultura”, finaliza.

A relação entre a educação e as diferentes mídias como ferramentas para estimular práticas educativas (educomunicação). Esses são os focos da seção Mídia & Educação.


Fonte:(Envolverde/Aprendiz)

18 de jun. de 2008

Sustentabilidade cai nas graças dos investidores

Por Juliana Lopes, da Revista Idéia Socioambiental

Ao adotar critérios para análise de riscos socioambientais, mercado financeiro estimula adoção de práticas sustentáveis pelas empresas.

A sustentabilidade tem sido um parâmetro cada dia mais utilizado por investidores na hora de escolher empresas, principalmente em segmentos conservadores que buscam segurança e constância no retorno. Socialmente responsável, ético, verde ou sustentável são algumas denominações atribuídas ao processo de investimento que considera as conseqüências socioambientais, tanto positivas quanto negativas, em um contexto de rigorosa análise financeira.

Para Jean Philippe Leroy, diretor de relações com o mercado do Bradesco, a sustentabilidade é uma tendência irreversível no mercado financeiro. “Os investidores, influenciados até pela recessão nos Estados Unidos, estão analisando as empresas com mais critério. No lugar de fazerem investimento exacerbado no curto prazo passaram a considerar também os benefícios de uma gestão baseada na sustentabilidade, porque entendem que isso gera valor e assegura a perenidade do negócio”, ressalta.

Segundo a pesquisa “Investors Opinion Survey” da McKinsey & Co. (2000), em parceria com o Banco Mundial, os investidores estariam dispostos a pagar entre 18% e 28% a mais por ações de empresas que adotam melhores práticas de administração e transparência.

Outros números mais recentes confirmam o interesse dos investidores em fundos socialmente responsáveis. De acordo com a associação Social Invest, o montante destinado a esses fundos atingiu US$ 2,290 bilhões.
Ao contrário do que possa parecer, o interesse do mercado financeiro por empresas responsáveis não é recente. Começou na década de 60 a partir da criação dos primeiros fundos dessa categoria, como o Trillium e o Pax, nos Estados Unidos. Eles excluíam empresas de armas, fumo, bebidas, assim como de petróleo e mineração, setores considerados de alto de impacto para o meio ambiente.

Nas décadas de 1980 e 1990, esses fundos passaram a incluir, entre outros, setores promissores como os de energia eólica e solar, reciclagem e biotecnologia e informática.

A partir de 2000, os fundos de investimento socialmente voltaram-se às melhores práticas sociais e ambientais nos diferentes setores empresariais. São exemplos dessa categoria o Storebrand (Noruega) e o Ethical (ABN-Real, no Brasil).


Índices de sustentabilidade

Composto por ações de companhias com reconhecido compromisso com a responsabilidade socioambiental, os índices de sustentabilidade têm por objetivo reunir as que são vistas como mais prósperas por causa dessa característica e também atuar como promotor das boas práticas no meio empresarial.

Nesse campo, a Bolsa de Nova York é pioneira com a criação, em 1999, do Índice Dow Jones de Sustentabilidade. Outras bolsas pegaram carona no movimento e estabeleceram seus próprios índices, como são os casos da de Londres, que criou o FTSE4Good (Footsiefor good), em 2001, a de Johanesburgo, com o JSE (2003), e a Bovespa, com o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE), em 2005.

A metodologia desenvolvida pelo Índice Dow Jones de Sustentabilidade seleciona 10% das 2500 companhias líderes na prática desse conceito em cada um dos 58 segmentos, a partir de uma avaliação sistemática dos fatores econômicos, ambientais e sociais de longo prazo.

Estratégias de combate às mudanças climáticas, eficiência energética, desenvolvimento do capital humano, gestão do conhecimento, relacionamento com stakeholders e governança corporativa são alguns dos quesitos avaliados. Há ainda outros específicos conforme o segmento de atuação da empresa.

O Índice Dow Jones de Sustentabilidade tem registrado um retorno anual de 16,1%, enquanto o Morgan Stanley Capital Index (MSCI) oferece um 15,6% por ano. Uma evidência numérica de que ser sustentável faz bem para o negócio no Novo Mercado.


A experiência brasileira

Segundo Rogério Marques, supervisor de assistência ao mercado da Bovespa, a criação do ISE surgiu de uma demanda natural do mercado brasileiro. “Em 2003, a Bolsa de Valores de São Paulo foi procurada por representantes do mercado e administradores de recursos que sugeriram a criação do índice para medir o desempenho de uma carteira de empresas que tinham uma postura responsável. Eles acreditavam que o mercado nacional, a exemplo do internacional, já estava maduro o suficiente para ter um indicador capaz de avaliar o desempenho das ações de empresas com essas características e compará-lo com as demais companhias participantes do Ibovespa”, afirma Marques.

Esse índice nasceu, portanto, para atender a um grupo de investidores em ascensão, preocupado com o retorno do seu investimento no longo prazo. “Existem dois tipos de investidores. O pragmático, que compra ações de empresas listadas em índices de sustentabilidade porque acredita que elas têm mais chances de permanecer produtivas pelas próximas décadas, sofrendo menos passivos judiciais com ações ambientais, trabalhistas e sociais. E o investidor engajado, que está disposto a pagar um valor maior pela ação de empresas que privilegiam os três pilares de sustentabilidade. Em ambos os casos, o ISE serve de parâmetro para a uma escolha criteriosa de empresas”, ressalta Marques.

Com 32 empresas de 13 setores, somando 40 ações e um valor de mercado de R$ 927 bilhões, o ISE representa 39,6% da capitalização da Bovespa. A sua média de crescimento nos últimos dois anos é equivalente à do Ibovespa. No período de novembro de 2005 a janeiro de 2008, o Ibovespa demonstrou uma evolução de 96,77% enquanto o ISE fechou com alta de 90,04%. Questionado se essa evolução sugeriria uma futura vantagem comparativa das companhias listadas no ISE para as demais, Marques considerou prematuro fazer afirmações absolutas. “Devido ao pouco tempo de existência do ISE, essas análises ainda não podem ser conclusivas”, afirma.

continua... www.envolverde.com.br

Escalando a montanha da sustentabilidade

Por Ricardo Voltolini, da Revista Idéia Socioambiental


Um dos mais importantes líderes em sustentabilidade do mundo, Ray Anderson costuma usar a metáfora da montanha para explicar o trajeto que uma empresa deve fazer para ser sustentável. Entre a base e o topo, há, segundo ele, sete estágios a cumprir, nenhum dos quais pode ser pulado sob pena de comprometer a qualidade da escalada.

Foi exatamente esse roteiro que Anderson adotou para transformar a sua InterfaceFlor na mais sustentável fabricante de carpetes do planeta, o que não é pouco se considerar o fato de que, até 1994, o empresário sequer havia pensado nos impactos do seu negócio para o meio ambiente.

O primeiro passo de Anderson consiste em eliminar o lixo dos processos industriais, cortando o desperdício de recursos. O segundo refere-se a envolver os fornecedores em um esforço de redução de emissão de carbono. O terceiro diz respeito à busca de eficiência energética, substituindo a matriz de combustível fóssil por fontes renováveis. O quarto abriga as atividades de redesenhar processos, reciclar e reutilizar. O quinto está relacionado ao esverdeamento da cadeia de transporte. O sexto tem a ver com a mudança da cultura interna para um novo modelo de produção, ambientalmente responsável. E o sétimo, mais abrangente, compreende a reinvenção da atividade comercial e do próprio mercado, a partir de novas regras que possibilitem a convivência mais harmoniosa entre a biosfera e a tecnosfera.

A predominância da vertente ambiental no roteiro de Anderson se explica por sua nacionalidade norte-americana. Estivesse ele no Brasil, o rumo ao topo exigiria certamente um reforço no vetor social do tripé (econômico-ambiental-social) que caracteriza o conceito da sustentabilidade. Isso não desmerece a simbologia da metáfora. Nem reduz a sua importância como narrativa mítica. Para o que interessa a este artigo, a lição que se extrai da saga de Anderson é que não se atinge o pico da montanha sem esforço, sem crença firme, sem uma bússola de valores humanos, sem plano de ação e estratégias capazes de superar os entraves naturalmente impostos à mudança -- a transformação exigida pelo conceito de sustentabilidade, vale dizer, é especialmente mais espinhosa porque desafia o raciocínio lógico-cartesiano, típico da moderna teoria da administração, na medida em que sugere um modo mais sistêmico de pensar e fazer negócios, baseado na interdependência entre empresas, pessoas e meio ambiente.

Uma breve análise da realidade brasileira mostra que aqui muitas empresas estão querendo chegar ao topo da montanha sem enfrentar todos os dilemas do trajeto. Essas corporações podem ser divididas em três grupos: as minimalistas, as pragmáticas e as impostoras.

As minimalistas são as que caminham o mínimo possível, sem nenhuma convicção, apenas para parecer estar em movimento. Não possuem a intenção de atingir o pico da sustentabilidade pelo simples fato de que não vêem importância nisso. Sua crença é frágil, seus valores frouxos. Isso não as impede de tentar convencer os seus públicos de que são esforçadas porque sabem que uma eventual percepção pública de indiferença colocaria em risco os seus ativos de reputação. No fundo, não querem pagar a fatura da mudança. Enxergam a sustentabilidade como custo e não oportunidade. Por isso, vivem em compasso de espera.

As pragmáticas estão mais dispostas para a escalada. Mas escolhem os passos – e o ritmo dado a eles – de acordo com as suas conveniências e necessidades. Sabem que a sustentabilidade requer mudanças em modelos de produção e estratégias de negócio. E que essas mudanças consomem energia, esforços e recursos. Por essa razão, pulam os trechos desconfortáveis, os mais dilemáticos para o negócio, mesmo sabendo que são relevantes na caminhada. Justificam suas decisões com o argumento de que ainda não estão maduras para mudar. De qualquer modo, mesmo que lentamente, evoluem na direção do cume. Têm crenças, líderes, práticas efetivas e boas intenções. Falta-lhes, sobretudo, mais determinação.

As impostoras recebem este nome porque acham, de verdade, que é possível chegar ao topo da montanha sem cumprir nenhum dos estágios exigidos. Nem se esforçam para isso. No máximo, criam um projeto social ou ambiental para fins de divulgação à imprensa. Até sabem o que precisam fazer. Mas não fazem. Aceitam que a mudança necessária é complexa demais para sua cultura. Satisfazem-se com uma fotografia delas no pico, ainda que produto de montagem grosseira, para ter o que mostrar aos stakeholders. Não possuem líderes nem crenças ou valores socioambientais. Orientam-se por uma única rota: a de que a única ética que vale em negócios é a do bottom line, do desempenho de curto prazo.

Perguntado sobre quando teve o insight de adotar um modelo sustentável para seu negócio, Anderson o atribuiu a uma pressão recebida por parte de consumidores que desejavam saber dos compromissos ambientais da companhia. O poder está com as pessoas. Faça você, leitor, uma análise das empresas das quais consome produtos e serviços, e procure se informar se, em relação à escalada da montanha, elas são minimalistas, pragmáticas ou impostoras. Use o poder da sua decisão de consumo para fazê-las mudar de idéia. O planeta e a sociedade agradecem.


* Ricardo Voltolini é publisher da revista Idéia Socioambiental e diretor da consultoria Idéia Sustentável. ricardo@ideiasustentavel.com.br

Você lê Ricardo Voltolini todas as quartas-feiras na revista digital Envolverde.

(Envolverde/Idéia Socioambiental)

13 de jun. de 2008

I Fórum de Mídia Livre

Evandro Ouriques introduz a questão da Mente Livre no I Fórum de Mídia Livre

Seiscentas pessoas já confirmaram sua participação no 1º Fórum de Mídia Livre (FML), que acontecerá no Rio de Janeiro neste fim de semana. As inscrições continuam chegando de todo o Brasil, e a expectativa da organização do evento é de que pelo menos 800 pessoas façam parte das questões que serão tratadas no Campus Praia Vermelha da UFRJ.

O Núcleo de Estudos Transdisciplinares de Comunicação e Consciência-NETCCON.ECO.UFRJ faz parte do Comitê Organizador do FML, através de seu coordenador, professor Dr. Evandro Vieira Ouriques, e teve a oportunidade de introduzir a questão da "Mente Livre" na programação do Fórum por entendê-la decisiva para o vigor de uma Mídia Livre.

O Prof. Evandro, cientista político, jornalista, terapeura de base analítica e consultor organizacional, fala aqui deste conceito, que desdobra a linha de pesquisa do NETCCON dedicada à proposição teórica e sustentação operacional de uma economia psico-política da Comunicação e da Cultura.

"O Fórum de Mídia Livre é o lugar decisivo para tratarmos da questão da "Mente Livre", que proponho e sustento, pois a "Verba Livre", que o FML quer obter através de pressões legítimas na direção do Governo para que haja distribuição democrática das verbas publicitárias públicas, e o "Verbo Livre", que o FML também quer ajudar a ampliar através da cultura digital e das redes, somente alcançarão seu objetivo de transformação social se os ativistas estiverem livres das sequências mentais do regime de servidão tornando-se ele próprios exemplos vivos no mundo de comunicadores-cidadãos, de cidadãos-comunicadores. O que permite que hajam relações de confiança, sem as quais as redes e toda a esperança nelas depositada por muitos não pode se efetivar, pois a confiança é a base da construção horizontal de agregadores de transformação."

"Ou seja mídia livre só existe quando o midialivrista é de fato livre, fala com voz própria, conseguiu vencer em si mesmo a tendência generalizada de agir com base no interesse e no poder auto-referenciados, atitude que é naturalizada e que impede, como disse, as relações de confiança. Como criar uma rede de redes se não há confiança, se há apenas luta pelo poder? A referência para uma ação livre no mundo é outra, ela precisa ser a generosidade, este para mim o outro nome do "espírito público", da democracia, dos direitos humanos, dos direitos ambientais, dos direitos das crianças de dos adolescentes, das políticas públicas, da responsabilidade socioambiental."

"No livro História das Teorias da Comunicação, o belga Armand Mattelart, professor da Universidade de Paris e um dos mais eficientes críticos do monopólio mundial dos meios de comunicação, diz que, nos dias atuais, criados pela produção de estados mentais (e por isto criei em 2005 na Escola de Comunicação a disciplina Construção de Estados Mentais Não-violentos na Mídia) a liberdade política não pode se resumir ao direito de exercer a própria vontade. Ele insiste, e eu concordo plenamente, que a liberdade política hoje reside igualmente no direito de dominar o processo de formação dessa vontade, já que, na maior parte dos casos, ela [a vontade] é capturada por um rio de mídia que atravessa a pessoa ao longo do seu desenvolvimento emocional, educacional, social e histórico. Um fluxo que fala e sente por ela."

"Hoje, a pessoa sente e pensa por meio da mídia que, em nenhum momento, a ajuda a parar e refletir. A aceleração, por exemplo, que os apresentadores dos telejornais utilizam é incompatível com o ritmo respiratório, metabólico. A respiração fica suspensa. E suspensa, impede que as informações entrem e sejam metabolizadas. Impedem, inclusive, que a nossa mente (no sentido do conjunto de percepções, pensamentos e afetos) tenha tempo de excretar o que não serve."

"Não há cultura digital que dê conta de gerar relações de confiança. Para construirmos confiança precisamos de algo ainda mais difícil do que a verba livre e o verbo livre. Precisamos de uma Mente Livre, livre destes tempos de amor líquido, no qual os relacionamentos pouco se sustentam ou não se sustentam pois não há conversa na maioria das vezes, mas tentativas cruzadas, e em rede, de convencimento do outro. Se Zygmunt Bauman [sociólogo polonês] mostra que estamos na época do amor líquido, é porque vivemos uma era de relações líquidas. No entanto, o que garante o vigor da relação colaborativa nas redes, conseqüentemente, o vigor da cultura digital, é exatamente a estabilidade da confiança. Mas o que assistimos é a experiência do atropelamento, das decisões democráticas apenas nominais, quando a prática é a da imposição, da traição e da desconfiança. A grande mídia está, em geral, neste estado, e os midialivristas foram formados por ela, nela. Não nos tornamos livres apenas por uma vontade de ser livre. É um longo e complexo processo, como mostram por exemplo a psicanálise e a psicologia social."

"Baseados na luta política auto-referenciada, na vida como uma luta constante e implacável como única saída imaginada por oposição a um céu idealizado e inexequível, a organização social se mantém, atualmente, por uma estratégia de dessubjetivação, ou seja, de desespeciação: de perda do caráter de espécie, como provam os atos crescentes e sucessivos de horror com os quais convivemos e que estão presentes nas relações das equipes, das redes, das amizades, dos relacionamentos."

"Estamos diante, portanto, de sujeitos não-instalados. Portanto a verba livre e o verbo livre com sujeitos efetivamente não-instalados no qual o que nos fala é um vazamento do inconsciente temos é a expansão da história conhecida, seja ela pessoal e comunitária, racial, de gênero, de classe, etc., de traumas, abusos, discriminações."

"É decisivo portanto investirmos na construção de uma Mente Livre, para que as redes sejam efetivamente redes e não apenas clubes, nos quais o sentido de comunidade desaparece e o de política permanece como sendo apenas a tentativa de administrar grupos de pressão orientados por princípios vagos meta-organizados pela luta pelo poder, pela idéia vertical que alguém que sabe mais do que alguém. Mesmo que esta alguém seja de esquerda..."

"A História prova que os grupos que chegam ao poder tendem a repetir o mesmo padrão de comportamento dos grupos anteriores e prova também que quando as pessoas se juntam começam logo a se engalfinhar pelo poder. Ora precisamos de uma fonte de referência para a ação que não seja a própria ação e uma fonte de referência para a luta política que não seja a própria luta, porque senão colaboramos para o aprofundamento da barbárie. Como então conseguir agenciamentos possíveis de nossas singularidades em torno de objetivos/desejos comuns?"

"A Teoria Social, por exemplo, insiste em dizer que as práticas humanas são movidas pelo interesse e pelo poder. Ora, como é possível então explicar o desejo de democracia, de políticas públicas sociais, de responsabilidade socioambiental? O midiativista, o comunicador, o jornalista, o cidadão, o profissional precisa ser aquilo que ele gostaria de ver no mundo. Precisa dominar o processo de formação de sua vontade para não ser capturado pelos valores que mantêm a exclusão. Vida privada e vida pública são conceitos binários ultrapassados. Precisamos ser de fato o que gostaríamos de ver no mundo, como disse uma vez de maneira lúcida Mahatma Gandhi, aquele que derrubou o pai do Império que está aí, e à cuja mídia os midialivristas querem superar. É decisivo que se pense e se construa uma Mente Livre, pois só assim teremos de fato uma Mídia Livre".

O professor Evandro Vieira Ouriques, coordenador do NETCCON.ECO.UFRJ, pós-doutor em Cultura de Comunicação, Globalização de Mercados e Responsabilidade Ética, pelo Programa Avançado de Cultura Contemporânea-PACC, do Forum de Ciência e Cultura da UFRJ, tratará da questão da Mente Livre no Grupo de Trabalho Formação para uma Mídia Livre, no sábado à tarde, e na Oficina "Mente Livre, Mídia Livre", que ocorrerá no domingo à tarde.

Os cinco eixos temáticos

Na manhã de sábado (14) acontecerá a cerimônia de abertura do FML e, em seguida, terão início as mesas de discussão com cinco eixos temáticos: Políticas Públicas de Fortalecimento da Mídia Livre; Democratização das Verbas Publicitárias Públicas; Fazedores de Mídia; Formação para a Mídia Livre e Mídias Colaborativas, Novas Mídias.

O primeiro eixo de discussão, segundo os organizadores do FML, tratará temas como "regulamentações, Lei Geral da Comunicação, direito à comunicação, TV pública, telefonia e internet pública, convergência das mídias, pontões de cultura digital, etc". O segundo eixo pretende analisar "a questão das verbas públicas de publicidade e propaganda e a garantia pelo poder público de espaços para os veículos da mídia livre nas TVs e nas rádios públicas, assegurando assim maior diversidade informativa e amplo direito à comunicação".

O terceiro eixo, sobre o tema "Fazedores de Mídia", pretende fazer um "mapeamento da rede de produtores de mídia livre, coletivos, sites, jornais, canais, empresas, agências e movimentos sociais que fazem mídia e propostas que tenham o 'público' e o 'comum' como referência". Nesse eixo, será discutida a possibilidade de formação de um Portal de Mídia Livre, que poderá servir para potencializar o alcance e a possibilidade de sustentação da "mídia contra-hegemônica".

No quarto eixo, serão analisadas as experiências de universidades, de educação não-formal, de escolas livres, empresas, ONGs, coletivos, etc, que "podem contribuir pela construção de uma 'mente livre' para formar 'midiativistas', jornalistas, radialistas, editores, publicitários, assessores, etc, que sejam criadores de atitudes agregadoras, conteúdos e pautas de fato novas, apontando e construindo assim novos e potentes cenários de expressão, trabalho e mudança".

O quinto eixo fará uma discussão sobre "os movimentos, projetos, ferramentas e tecnologias de criação livre (Software Livre, Creative Commons, Wiki, P2P, sites e portais colaborativos, etc) e as políticas de acesso e capacitação para o uso dessas ferramentas nos serviços públicos e mídias livres".

No domingo (15), acontecerá a plenária final do 1º FML, onde serão apresentados os resultados das discussões travadas nos cinco eixos temáticos. A plenária terá espaço para a intervenção de convidados, como representantes de movimentos sociais, centrais sindicais, e partidos: "A intenção é que, durante a plenária final, seja também aprovado o Manifesto da Mídia Livre, documento de princípios do movimento", afirma Gustavo Barreto. Além dos grupos de discussão, os dois dias de evento na UFRJ também abrigarão oficinas (já foram inscritas 16) sobre temas diversos ligados à comunicação.

Movimento começou em março

Jornalistas, acadêmicos e ativistas pela democratização da comunicação divulgaram no início de abril manifesto em defesa da diversidade informativa e da garantia de amplo direito à comunicação.

O manifesto, resultado de reunião promovida em São Paulo em março, lançou as bases para a organização do I Fórum de Mídia Livre.

Convidados

Entre os convidados e organizadores e estão lideranças como Joaquim Palhares, Ivana Bentes, Gustato Barbosa, Antonio Biondi (Intervozes), Marcos Dantas, PUC-RJ, Jorge Bittar, Caetano Ruas, Circo Digital/Pontão de Cultura Digital, Gustavo Gindre, Intervozes/Comitê Gestor da Internet Brasil, Renato Rovai, Revista Fórum, Dario Pignotti, Jornais Página 12, Argentina, e La Jornada –México, Giuseppe Cocco, Le Monde Diplomatique/Global, Emir Sader, CLACSO e UERJ, Mário Augusto Jakobskind, Brasil de Fato, Altamiro Borges, Vermelho, Bárbara Szaniecki, Revista Global, Paulo Lima, Viração SP, Augusto Gazir, Escola Popular de Comunicação Crítica (ESPOCC) da Maré RJ, Marcus Faustini, Escola Livre de Cinema - Nova Iguaçu RJ, Rosane Svartman, Nós do Morro, Hamilton Octavio de Souza, Curso de Jornalismo da PUC-SP, Zilda Ferreira, Educom, João Pedro Dias Vieira, UERJ, Oona Castro, Overmundo-RJ, Ermanno Allegri, ADITAL – Agência de Informação Frei Tito para a América Latina-RJ, Patricia Canetti, Canal Contemporâneo e Conselho de Arte Digital no Conselho Nacional de Política Cultural (CNPC), Cláudia de Abreu, Comunicativistas-RJ e Márcia Corrêa, Bem TV.

Programação & local do evento

O I Fórum de Mídia Livre acontecerá nos próximos dias 14 e 15 de junho de 2008 (sábado e domingo), das 9h às 17h (com pausas entre os debates e grupos de trabalho).

Será realizado no campus da UFRJ da Praia Vermelha, no Auditório Pedro Calmon do Fórum de Ciência e Cultura (FCC) e salas anexas. Endereço: Avenida Pasteur, 250 – Praia Vermelha. O Auditório Pedro Calmon fica no segundo andar do FCC.

Confira aqui os eixos temáticos e a programação completa do evento.

Inscrições podem ser feitas em http://forumdemidialivre.blogspot.com

Fonte: http://envolverde.ig.com.br/

27 de mai. de 2008

2ª Congresso Regional de Relações Públicas

Sob o tema central “Comunicação que Gera Resultados” a UNISO realiza entre os dias 27e 30 de maio uma série da palestras a cerca da área das Relações Públicas


O 2° Congresso Regional de Relações Públicas acontece pautado pela missão de projetar-se como um espaço representativo de estudantes e profissionais da área de Comunicação Organizacional e Relações Públicas, no sentido de criar e desenvolver debates técnico-científicos como troca de experiências acadêmicas e profissionais, além de destacar a importância da formação e qualificação do profissional de Relações Públicas como um estrategista da comunicação integrada.

O evento contará com vários palestrantes de renome, entre eles Elaine Lina de Oliveira, Presidente do CONRERP 2º Região, que irá participar da conferência de abertura ao lado do Profº Luis Alberto de Farias, Presidente da ABRP - Seção Estadual São Paulo e Carolina Soares da ABERJE, que tratarão do assunto central: Comunicação que Gera Resultados.
Informações:

Assessoria de Comunicação Social da Uniso

(15)2101-7009 / 7010

Horário de Atendimento: 08h00 às 18h00

Responsável: Crizelen Cristina Teodoro.


Local: Uniso – Universidade de Sorocaba (Campus Raposo)

Endereço: R. Raposo Tavares, Km 92,5 s/n - CEP: 18023-000

Tel.: (15) 2101-7009/2101-7010Fax: (15) 2101-7112

E-mail: crrp2008@hotmail.com

Site: www.crrp2.com

Inscrições pelo site: www.uniso.br

Entrada Franca

26 de mai. de 2008

DEBATE RSE NA MÍDIA 2008

A RESPONSABILIDADE SOCIAL DA MÍDIA PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DA SOCIEDADE

Evento gratuito. Faça já sua inscrição!


O Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, por meio da Rede Ethos de Jornalistas, convida para o DEBATE RSE NA MÍDIA: A RESPONSABILIDADE SOCIAL DA MÍDIA PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DA SOCIEDADE, a ser realizado no dia 27 de maio de 2008, das 15h00 às 18h00, no Grande Auditório do Palácio de Convenções do Parque Anhembi (SP) – como parte da programação da décima edição da Conferência Internacional Empresas e Responsabilidade Social 2008.


DEBATEDORES:
Ignácio Ramonet – Diretor do Le Monde Diplomatique
Ingrid Bejerman – Professora de jornalismo da Concordia University
Julio Moreno - Diretor de jornalismo da TV Cultura
Pollyana Ferrari - Professora de jornalismo e multimeios da PUC/SP
Paulo Itacarambi - Vice-presidente do Instituto Ethos
Ricardo Young - Presidente do Instituto Ethos


MEDIADOR:
Paulo Nassar – Diretor-Geral da Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje ) e Professor da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP

Esta é a terceira edição do Debate RSE na Mídia. Em 2006, convidamos jornalistas de veículos de comunicação brasileiros para discutir a cobertura jornalística sobre a Responsabilidade Social Empresarial, a partir da publicação “Empresas e Imprensa: Pauta de Responsabilidade”. Em 2007, diretores de importantes empresas jornalísticas debateram os dilemas e as propostas para a abordagem transversal da pauta da sustentabilidade e para a gestão sustentável das empresas de comunicação.

Em 2008, ano em que a imprensa brasileira celebra 200 anos e o Instituto Ethos comemora 10 anos de sua fundação, pretendemos discutir a responsabilidade social da mídia para o desenvolvimento sustentável da sociedade, considerando dois principais aspectos:



1 AS NOVAS TECNOLOGIAS E OS IMPACTOS NO NEGÓCIO MÍDIA
2 O PROCESSO DE RESPONSABILIZAÇÃO E A CONTRIBUIÇÃO DA MÍDIA PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DA SOCIEDADE

Na ocasião, como complemento a esta discussão, o Instituto Ethos fará o lançamento dos primeiros resultados de uma pesquisa inédita, em parceria com o Ibope, que irá apresentar o estágio e a contribuição das empresas brasileiras no que diz respeito à incorporação da responsabilidade social na gestão.

AGENDA:
Dia: 27 de maio de 2008
Horário: 15h00 às 18h00
Local: Grande Auditório - Palácio de Convenções do Parque Anhembi/SP
(Av. Olavo Fontoura, 1.209 - Parque Anhembi - Santana/SP) *

Lançamento Atlas Ambiental




Dia 05/06 às 19h30 Livraria da Vila

24 de mai. de 2008

ABRP São Paulo promove Meeting profissional e encontro universitário

A Associação Brasileira de Relações Públicas - Seção São Paulo abre sua série de Meetings com o tema Gestão de Mudanças, destinado a profissionais de comunicação no dia 31 de maio de 2008, às 9 horas, na FAAP no bairro Higienópolis em São Paulo/SP. Na parte da tarde é a vez do Encontro Universitário sobre Relações Públicas Comunitárias.

As vagas são limitadas. Os interessados devem acessar o site da ABRP-SP e preencher a ficha de inscrição, que também pode ser solicitada via e-mail abrpsp@abrpsp.org.br. O valor da inscrição no Meeting para os associados da ABRP é de R$100,00 e de R$150,00 para participantes não-associados. Para sócios da ABRAPCORP, ABERJE, ABRACOM e INTERCOM o valor é R$ 130,00. Para estudantes de 4º ano associados à ABRP, o valor da inscrição é de R$ 50,00. Já no Encontro Universitário, o valor da inscrição para os estudantes associados à ABRP é de R$30,00 e de R$50,00 para participantes não-associados. As atividades contam com o apoio da Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP) e do Conselho Regional dos Profissionais de Relações Públicas de São Paulo e Paraná (CONRERP 2ª Região).

18 de mai. de 2008

I Encontro Latino Americano de Comunicação e Sustentabilidade

O Instituto Envolverde e uma organização não-governamental que tem como missão: “Jornalismo pela Sustentabilidade”. Sua atuação é voltada para a formação e capacitação de profissionais de comunicação para que atuem de forma sustentável em seu exercício cotidiano.

Com o objetivo de ampliar o olhar dos meios de comunicação e das assessorias de imprensa sobre a importância das pautas que envolvem responsabilidade social e sustentabilidade, o Instituto Envolverde promoverá em outubro de 2008 o I Encontro Latino-americano de Comunicação e Sustentabilidade.
Será o primeiro evento de alcance latino-americano, realizado no Brasil, a reunir jornalistas e profissionais de comunicação corporativa para debater o desenvolvimento sustentável.

Este encontro deverá mostrar aos profissionais presentes que o “triple bottom line”, que indica a necessidade de equilíbrio ambiental, social e econômico nas ações corporativas e de governo, não é uma pauta especial, mas uma transversalidade que deve estar presente em todas as pautas.

O volume de informações científicas que mostram a insustentabilidade do atual modelo de produção e consumo é muito grande. No entanto, a mídia tem ainda dificuldade de compreender a importância de seu papel na mudança de paradigma.
À medida que jornalistas e demais profissionais de comunicação estiverem sensibilizados e mobilizados pelo desenvolvimento sustentável, poderão disseminar essa percepção em seu trabalho de informar a sociedade. Uma sociedade bem informada saberá valorizar o papel dos atores sociais que estão na vanguarda da sustentabilidade, caso de muitas empresas brasileiras.

Para levar estes conceitos a um grande número de formadores de opinião de toda a América Latina estamos buscando apoio de organizações, empresas e governos. Acreditamos que o esforço conjunto na disseminação do conceito e da prática do desenvolvimento sustentável trará benefícios não só aos atores sociais que hoje lideram o processo, mas principalmente para as empresas que hoje trilham a vanguarda deste caminho.

Maiores informações sobre o programa preliminar do evento e as opções de apoio para a realização,entre em contato com Milene Gonçalves e-mail: lenegonrp@gmail.com.

Texto de Adalberto Wodianer Marcondes
Presidente — Instituto Envolverde

15 de mai. de 2008

Perspectivas do investimento em cultura

A J.LEIVA e a PINACOTECA DO ESTADO realizam entre os dias 9 e 13 de junho um grande seminário para discutir as principais tendências do investimento em cultura no país.

Venha conhecer estratégias de sucesso nas áreas de artes plásticas, cinema, circo, teatro, música e projetos socioculturais.

O evento contará com a participação de produtores independentes, gestores culturais, jornalistas, representantes do poder público e da iniciativa privada.

Escolha os dias de sua preferência e clique no link acima para se inscrever agora!


Os debates serão realizados entre 8h30 e 13h30.

26 de abr. de 2008

Portal de Relações Públicas



A atividade de Relações Públicas tem destacado cada vez mais, a importância dos meios tecnológicos. Um dos melhores portais sobre a profissão no Brasil está de cara nova. O consagrado Mundo-RP.

Vá confir as novidades por lá!

Abraços a todos.

18 de abr. de 2008

11º Congresso Brasileiro de Comunicação Corporativa

Como construir e gerenciar blogs corporativos

Mais do que dividir pensamentos com o público, o Blog pode ser uma interessante ferramenta para criar, aperfeiçoar ou expandir relacionamentos. Antenados com a evolução do mercado digital, os comunicadores souberam transformar rapidamente o diário pessoal em uma grande e importante oportunidade, capaz de conferir ganhos para a empresa e gerar resultados, tanto no âmbito externo quanto interno. Esta nova maneira de se relacionar com públicos estratégicos exige também uma nova maneira de pensar e entender a comunicação digital, que tem como princípios a transparência, a ausência de fronteiras globais e a velocidade da informação. Juntos, estes novos elementos podem trabalhar a favor da organização: ter um Blog Corporativo no ar pode significar uma exposição extremamente benéfica, diferenciada e de alcance único. Isso quando a ferramenta é bem estruturada e alinhada aos objetivos da empresa. Neste curso, entenda como e porque o Blog Corporativo é capaz de impactar de maneira estratégica os negócios e públicos da organização.

Formato e metodologia

O curso será configurado como uma palestra dinâmica, com a apresentação de casos reais e vivência de redação digital para confecção de blogs customizados por áreas.

Público-alvo


O curso destina-se a profissionais já envolvidos com ações de comunicação digital ou que desejam implementar novas e inovadoras formas de comunicação digital em suas empresas.

Mais informações: (11) 3662-3990 ou cursos@aberje.com.br

Data: 13/05/2008
Horário: 9:00 às 18:00 horas
Dia da Semana: terça-feira
Local: Eduksempre - Rua Quintana 887, Cj. 23 - Brooklin Novo
Cidade: São Paulo - * ALMOÇO INCLUSO
Valor: Associado: 640,00
Não Associado: 870,00

15 de abr. de 2008

Branding e confiança

O mais recente aprendizado que tiramos de nossa experiência nos parecia uma grande obviedade.

Todos os objetivos do Branding podem ser sintetizados numa só palavra: confiança.

Óbvio: o que uma empresa precisa internamente para ser competitiva e externamente para continuar atraindo investidores, talentos, fornecedores e consumidores é de confiança.

Confesso que no primeiro momento ficamos desconcertados com descoberta tão óbvia. Centenas de livros muito bons e outros bem babacas já foram escritos sobre a importância da confiança na sociedade e nos negócios.

Mas há algo muito diferente no ar, que está nos levando a ver a confiança com um novo olhar e a associá- la ao contemporâneo Branding.

O sociólogo alemão Niklas Luhman nos deu a pista: “A confiança é uma maneira de lidarmos com a complexidade de uma sociedade crescentemente complexa”. Aí está o nexo.

O berço do Branding é essa sociedade crescentemente complexa e veloz que o filósofo Sigmund Baumman chama de “líquida” e que na sua versão mercado de capitais é chamada de “volátil”.

Para as pessoas e as empresas que vivem nessa sociedade, confiança é outra coisa e tem outros fundamentos.

Confiança não se obtém mais apenas com tratos e contratos bem-feitos, nem com poderes instituídos e eficientes para regular, fiscalizar e punir; nem pode mais se apoiar nas circunstâncias estáveis, controláveis e previsíveis, que não existem mais.

A confiança na sociedade atual não pode mais se sustentar apenas nas regras e nas estruturas, como num jogo de xadrez, simplesmente porque a sociedade atual é um videogame, como explica Steven Johnson no seu Surpreendente: o videogame não tem um cenário totalmente conhecido, suas regras, personagens e armas são ambíguas e se definem na medida em que você joga.

No videogame não existem relações de causa e efeito lineares, mas padrões de comportamento que o jogador tem de deduzir para fazer suas estratégias. Isto é, existe uma complexidade crescente em que o jogador tem de contar cada vez mais com as suas habilidades pessoais, como competências motoras, intimidade com a história e muita intuição.

Em poucas palavras, no videogame, assim como na sociedade atual, a confiança do jogador deve contar mais consigo mesmo do que com as circunstâncias.

Por isso não é por acaso que surge uma nova disciplina, como o Branding, que traz a identidade da marca como a variante para lidar com um mercado crescentemente complexo, veloz e competitivo.

Aqui na Thymus a gente diz que, num mundo cada vez mais complexo e veloz, organizações, assim como as pessoas, só evoluem com práticas inspiradas na sua essência.

A marca inspirada na sua essência, e não na circunstância de mercado, tem autonomia de pensamento, e por isso pode provocar mudanças imprevistas nos relatórios de tendências. Apoiada no seu eixo/essência, pode se movimentar, interferir e se adaptar com flexibilidade e agilidade num ambiente mutante.

Suas alianças podem ser perenes ou circunstanciais, mas são sempre em sintonia com sua essência, o que permite entrar e sair delas com agilidade, sem desvios de sua trajetória no mercado.

A marca atua com confiança e é um player de confiança.

Estamos traduzindo o conteúdo dessa confiança em indicadores numéricos para facilitar sua gestão em meio aos públicos da marca.

Fonte: Meio & Mensagem Texto de: Ricardo Guimarães